segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Até parece que chegámos á Madeira!


Em Câmara de Lobos a edilidade mandou retirar todos os cartazes politicos dos partidos da oposição afixados nas ruas. Isto baseado numa lei aprovada á tres meses em Assembleia Camarária.
Eu já lá estive a trabalhar nesta bela ilha durante uns 5 meses nos anos 80. Trabalhava para a Grão Pará, uma empresa imobiliaria que detinha vários hoteis , entre eles o já demolido Atlantis Madeira. Ficava em Agua de Pena , meio caminho entre o Machico e o Aeroporto. Após essa minha experiencia já lá fui mais umas quatro vezes.
Esta ilha têm uma proporcionalidade muito bizarra. A sua beleza natural é proporcional á tirania do seu lider. Nesses idos anos 80, tal como a aldeia do Asterix, havia uma população (Machico) que tinha um presidente de Câmara da UDP que resistia sózinho. Uma espécie de Bloco de Esquerda da altura. Era um padre que lutava frenéticamente contra os tentàculos do Sr. Alberto João. O homem era muito acarinhado por a população mas odiado pelos senhores do Palácio Rosa do Funchal, e assisti a verdadeiras conquistas "heroicas" de pequenos melhoramentos mas de valor inestimável para o bem estar do povo. Era espantoso ver que o sr.Jardim dava a volta á ilha de forma agradável e chegava ali e era mal recebido. Essa luta pelos vistos diluiu-se no tempo e hoje o poder é total sobre aqueles portuguesinhos.
Como é possivel alguem estar á frente de um Governo Regional tanto tempo e dominar a população desta forma surrealista?- Já vamos tendo alguns exemplos no Continente como o Valentim Loureiro, a Fátima Felgueiras e mesmo o Isaltino Morais. O populismo liberta um "perfume" inebriante que corrompe tudo por onde passa e esse magnetismo é interessante de ser estudado na nossa sociedade.