terça-feira, 26 de novembro de 2013

Sinais positivos.




Estes Sinais  de que vos falo hoje, são Sinais positivos. A rádio sempre me fascinou, aliás tenho vicio de ouvir rádio. Sou adepto convicto de todas as avançadas tecnologias que nos vão invadindo o quotidiano, mas o apego às ondas hertzianas, nunca o deixei para trás. Tirando partido dessas mesmas, novas tecnologias e através de podcast, estas crónicas da TSF, da autoria de Fernando Alves, é um dos meus eleitos. Todos os dias de manhã, este "senhor" jornalista, oferenda-nos uns minutos de puro deleite na Telefonia Sem Fios.

Estas crónicas versam variadíssimos temas da nossa sociedade, tendo um ponto comum a todas elas, um refinado critério de dados que se cruzam e produzem textos de uma qualidade inequívoca. É sempre um prazer ouvir as suas crónicas, também porque revelam uma total imparcialidade em relação aos poderes instituídos. Um valor que eu cada vez mais prezo, devido a formatação da nossa comunicação social, aonde os grandes grupos económicos, estão quase sempre ligados às administrações dos respectivos difusores de notícias.

Fernando Alves, merece a nossa atenção pelo simples facto de conseguir ser imparcial e justo na forma como trata os temas e alia esse aspecto à qualidade dos seus textos. Aqui fica o convite:
http://www.tsf.pt/paginainicial/AudioeVideo.aspx?content_id=3502765


quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Milagre económico!?

-Milagre económico!!!

Num dia vamos para a cama com o peso da crise e da recessão às costas e no outro dia de manhã, acordamos com um milagre económico!?

A manipulação dos números passou a ser uma ocupação a tempo inteiro deste executivo. Quem tiver umas breves noções de economia, será fácil  de entender que depressa se chega do copo meio vazio ao copo meio cheio, basta observarmos um mesmo assunto sobre um prisma diferente.

Passos Coelho e seus pares acabam de verificar, que a Irlanda termina o seu período de resgate, sem necessidade nenhuma de um programa cautelar ou outra espécie de ajuda. Por outro lado, estamos a 6 meses de começar a depender de nós próprios e as perspectivas de sucesso, são cada vez mais pessimistas, porque simplesmente, ao contrário dos irlandeses, nós não temos aqui  ao lado uma potência como a Inglaterra para "amortecer"  as nossas possíveis falhas. Nós sabemos deste facto,mas temos notado,o esforço que o reputado especialista em comunicação, Paulo Portas têm envidado, para que os seus correlegionários, ponham ênfase nas declarações quanto à recuperação e aos sinais tímidos de recuperação. Pelo simples facto da Irlanda ter tido um aparente sucesso nas medidas de austeridade que impôs ao seu povo, não quer dizer que o mesmo aconteça em Portugal. São duas realidades bastante diferentes que no entanto, não lhes interessa comentar. Interessa-lhes, isso sim, salientar que não somos a Grécia!!

Entretanto a par da expectativa, quanto às decisões que irão chegar do Palácio Ratton junta-se agora a dança dos números. São muitas fontes, diferentes cálculos e todos os dias temos uma notícia de última hora para animar os vários órgãos de comunicação social. Hoje é o défice, amanhã o desemprego, depois a evolução das exportações, etc... e nisto tudo os portuguesinhos assistem confusos,  impávidos e serenos. Como sempre...

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Devaneios ortocromáticos IV.

                                                  *Casa de Gaudi- Barcelona,2011.


                                                   *Lagoa Azul -Serra de Sintra,2010


                                                        *Ciutat Vella-Barcelona, 2011

                                          * Cabo do Sardão, 2009

                                                        * Convento de Cristo- Tomar, 2009

                                           *Serra de Sintra, 2009

                                                       * Monsanto, 2011

                                                        * Ericeira, 2009

                                           * Costa da Caparica, 2007

                                             *Ruínas do Carmo- Lisboa, 2010

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Não vale a pena!

Quando o 25 de Abril chegou, eu ainda era uma criança. Eu não tinha noção de estar a viver um dia histórico, que iria mudar a minha vida para sempre. Depois, aos poucos,  fui-me apercebendo, do que seria viver neste País, durante a  ditadura?? -Teria eu capacidade e discernimento para acordar todas as manhãs e clandestinamente lutar por um amanhã, sem censuras, sem grilhetas, sem medo de dizer aquilo que me ia na alma, por um país aonde não fosse necessário...esconder-me?

-Depois desta introdução e chegados a este "doloroso" momento, começo a ter tendências para algumas comparações,  um pouco difíceis de classificar. O que será pior para Portugal, uma ditadura declarada ou uma democracia "disfarçada"?- Sim, porque contra uma ditadura, é "legitimo" que se lute por uma democracia, com os seus alicerces basilares, bem assentes na terra, como por exemplo o cumprimento escrupuloso de uma Constituição escolhida e aprovada por unanimidade! -E contra uma democracia "disfarçada", o que fazer?

Respondendo a esta questão, poderíamos por exemplo, recorrer ás inúmeras ferramentas de comunicação, que temos à mão e passar a palavra, incentivando as pessoas a virem para a rua, lutarem pelos seus direitos básicos, lutarem pela sua própria dignidade, constituírem movimentos cívicos que nos protegessem da voracidade destas novas leis...Ah!!! Desculpem, nós já fizemos isso no passado recente. Não resultou e ainda por cima apelidaram-nos de minorias. "Eles", no entanto, seguiram em frente com esta democracia do "faz de conta". Os muitos que já fizeram ouvir as suas vozes, estão agora cansados e desanimados, porque cada vez são menos. Dizem agora, alarvemente, NÃO VALE A PENA!!!

NÃO VALE A PENA, é das expressões que tenho escutado, a que mais interessa, aos senhores que todos os dias nos tiram um pouco mais da nossa dignidade. Termino, recordando aquilo que ainda hoje ouvi da boca de um músico grego, perante o assalto da polícia às instalações da televisão estatal grega, de forma a desocupar os estúdios, dos muitos trabalhadores resistentes, que ainda ali permaneciam:

..."Um famoso cantor grego, Vasilis Papakonstantinou, um dos primeiros a chegar esta manhã em solidariedade, declarava: 
"Estou tão feliz! É uma manhã maravilhosa! Finalmente posso experimentar uma nova ditadura. Durante a junta de Metaxas não era ainda nascido, durante a junta de Papadopoulos era apenas uma criança. Finalmente posso experimentar uma junta!...”