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O FMI está cá, para ficar durante muitos anos, e se por ventura tivermos alguma ilusão de que vieram para nos "ajudar", pensem só nos exemplos da Grécia e da Irlanda, isto para referirmos os últimos casos. Mas eu lembro o que aconteceu ao Brasil entre 1998 e 2003, aliás deixo-vos um pequeno excerto do que na altura foi publicado em finais de 2002 no jornal "O Globo" pelo economista Marcelo Neri:
"Quais as conseqüências desta política?
A assinatura de Acordos com o Fundo Monetário Internacional, e, conseqüentemente, a adoção do receituário das políticas econômicas recomendadas pelo Fundo têm invariavelmente resultado no aprofundamento da recessão e na inviabilização dos projetos nacionais soberanos de desenvolvimento. A crise social sem precedentes vivida recentemente pela Argentina é o caso mais emblemático do fracasso das políticas econômicas liberais nos países em desenvolvimento. Desde 1998, o Brasil tem recorrentemente assinado Acordos com o FMI, e como resultado das políticas econômicas aplicadas ao país se encontra desde então com a economia praticamente estagnada."
A assinatura de Acordos com o Fundo Monetário Internacional, e, conseqüentemente, a adoção do receituário das políticas econômicas recomendadas pelo Fundo têm invariavelmente resultado no aprofundamento da recessão e na inviabilização dos projetos nacionais soberanos de desenvolvimento. A crise social sem precedentes vivida recentemente pela Argentina é o caso mais emblemático do fracasso das políticas econômicas liberais nos países em desenvolvimento. Desde 1998, o Brasil tem recorrentemente assinado Acordos com o FMI, e como resultado das políticas econômicas aplicadas ao país se encontra desde então com a economia praticamente estagnada."
Portanto estamos conversados quanto às intenções destes senhores que agora "acamparam" no Terreiro do Paço.Ao menos, para já, que possam arrumar um pouco a casa, limando aquelas arestas que mais dão nas vistas, caso das negociatas com as empresas público-privadas, os negócios do TGV, da construção da nova auto-estrada Lisboa-Porto, da ligação escandalosa com a Mota-Engil , e mais algumas dezenas de etc...
O Presidente, esse não têm dado cavaco a ninguém, passa incólume e sereno como se nada se tivesse a acontecer. Recebeu os seus antecessores em Belem, por altura das comemorações do 25 de Abril, e apelou a um entendimento entre as comadres desavindas, mas acho que não vai ter qualquer sucesso, elas lá sabem a razão e nós também. Essa história do Bloco Central já foi chão que deu uvas, agora passado este tempo, os "tachos" ou dão para uns ou para outros!
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