Pensylvania Station (1943)
Nas margens do Rio Arno (1934)
Representação de fantoches (1936)
Dia da vitória sobre o Japão em Times Square (1945)
Um polaco que ficou na história da fotografia, que começa o seu percurso com registos junto de Hitler, Mussolini, Joseph Goebbels e termina a sua carreira, sendo fotógrafo oficial de Bill Clinton na Casa Branca, não deixa de ser no mínimo, muito peculiar. Nasceu em 1898 em Tczew e aos 14 anos recebeu das mãos do pai, a sua primeira máquina: uma Eastman Kodak Folding Nº3. Depois de ser ferido na 1ª Grande Guerra, com uma granada em 1918, que lhe feriu as pernas, Alfred descobre que a fotografia seria sem dúvida mais que um hobby.
A sua primeira encomenda da Associated Press foi uma reportagem sobre a cerimónia da entrega do Prémio Nobel de Literatura a Thomas Mann. Depois, a sua carreira foi um acto contínuo de grandes momentos. Como por exemplo, a primeira ocasião em que Hitler envergou o uniforme de Fuhrer, bem como do seu primeiro encontro com Mussolini.As suas imagens mais famosas desta altura são tiradas do interior do colossal transatlântico "Graf Zeppelin". O seu astuto sentido na procura da notícia, sagrou-o como excelente repórter fotográfico.Em 1935, pressentindo o que iria acontecer com a ascensão do nazismo ao poder, emigrou para os States.
Começa por trabalhar para a Vogue, Town and Country, mas em 1936, com a ajuda de Margaret Bourke, (de quem eu já escrevi neste blog) entrou para os quadros da Life, onde trabalhou até 1972. Nesta casa, tornou-se célebre como retratista, mas não foi com figuras célebres que ele se notificou, antes pelo contrário, a foto da sua vida aconteceu no epílogo da Guerra que opôs o Japão aos Estados Unidos. Um beijo de um anónimo marinheiro a uma enfermeira, na celebração da vitória em plena Times Square, Nova Iorque, a 14 de Agosto de 1945. Eisenstaedt diria deste registo "As pessoas dizem-me que, quando já estiver no paraíso, esta fotografia continuará a ser recordada."
Na mesma cidade aonde tirou esse instantâneo, realizou em 1950 a sua primeira exposição individual, no Museu Internacional de Fotografia. Em 1983, a Universidade de Miami, atribuiu-lhe o doutoramento Honoris Causa em Belas Artes. Acaba por ser convidado no final de carreira, para ser o fotógrafo oficial de Bill Clinton, ao qual ele cedeu. Faleceu em 1995 em Queens, Nova Iorque, a cidade que o acolheu e acarinhou sempre.
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