Tóquio, 1961
"Fim do mundo em Nova Iorque"
Nova Iorque, 1955
"Hat and 5 roses"
Paris, 1956
"Nina and Simone"
Roma, 1960
"ANYTHING GOES:
désordre, ordre, trash, crash,
violence, poésie, hasard, mise
en scéne, rêve, raison, too
much, subjective, snapshot,
posé dans la photographie
comme dans tout...
ANYTHING GOES."
William Klein, mais um mestre da fotografia que aqui apresento, nasceu em Nova Iorque decorria o ano de 1928. Viveu a sua meninice sentindo de perto as sequelas da Depressão de 1929. Estudou Sociologia, mas a sua paixão por desenho, depressa o levaram até Paris, aonde estudou pintura na Sorbonne. Só em 1952, tirou as suas primeiras fotografias e desde cedo identificou-se com o realismo de alguns trabalhos de Man Ray.
Em 1956, publica o seu primeiro conjunto de fotografias, sobre a cidade de Nova Iorque, logo impressionando pelas suas imagens de caos. Uma vertigem de anúncios, engarrafamentos, cartazes, semáforos, multidões de personagens diferentes, mendigos, milionários, cruzamento de culturas. Nos seus registos, a vanguarda está sempre presente, como as da Pop Art dos anos 60. Um urbanismo monstruoso caracteriza os seus trabalhos posteriores, tacteando muitas capitais do mundo, com este mesmo sentido realista. Moscovo, Tóquio, Roma, Berlim, Londres, Paris. O seu trabalho, como assinalaram alguns críticos, muitas vezes parecem fotogramas de filmes de Orson Welles ou de Stroheim. A sua aproximação à 7ª arte é tão óbvia que acaba mesmo realizando alguns filmes, aonde eu destacaria
Float Like a Butterfly, Sting Like a Bee
Pier Paolo Pasolini manifestou surpresa, por ser um americano a demonstrar aos romanos, qual era a sua verdadeira paisagem, no livro que publicou sobre Roma. Fellini, por seu lado, também comentou que esta sua obra poderia ser um guião de um filme. Como o próprio afirmou, a sua câmara não fixa modelos, mas antes personagens, o que o obriga a dialogar, indicar, sugerir, discutir a até provocar os protagonistas das suas imagens, tal como faz um realizador com os seus actores. Um mestre da fotografia sempre muito perto do cinema.
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