Seria fastidioso estar aqui a explicar o que se passa no reino do Espírito Santo. Nem eu, nem aquelas almas, da Comunicação Social que nos bombardeiam com suposições, especulações e cenários hipotéticos, saberão exactamente o que se passa. Mas de repente, todo o mundo é especialista em alta finança e afirmam peremptoriamente, que sabem do que falam. Nós, os portuguesinhos, já estamos de férias e se esta época de incêndios até está fraquita, devido a um Verão muito envergonhado, não queremos saber de mais nada, viramos as costas a estes assuntos da família abençoada. Para figuras tristes, já basta a dos jornalistas, que ficam horas à porta do senhor Ricardo Salgado, à espera, não sei bem de quê???
O Banco de Portugal, regulador, por excelência da banca, veio, mais uma vez, a tempo de dizer que temos de, parcialmente, nacionalizar o Banco Abençoado. Uma espécie de BPN, mas desta vez, mais grave ainda. O prejuízo vai ser coberto por um fundo, (inventado à ultima hora, com uma designação diferente daquela que esteve na base da ajuda ao BPN, para não chocar muito, os portuguesinhos) que irá recapitalizar o banco. Àqueles que pensam, que estão a perceber, exactamente, o que está a acontecer, o Espírito Santo os Abençoe...
Voltando ao inicio, penso que a solução está na ideia deste conto de Pessoa. Todos, termos a ambição e a força necessária, para nos tornarmos, individualmente, banqueiros anarquistas, de forma a subverter as regras deste jogo viciado. Vale a pena, ler ou ouvir esta obra, porque está mais actual do que nunca, vão ver que não perdem o vosso tempo. Uma boa sugestão para este verão transfigurado.
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