As canções de "protesto", servem, na maioria das vezes, como alarme para agitar a nossa letargia tradicional. Seria justo, lembrar, algumas delas e reflectirmos sobre o papel que desempenharam, num determinado contexto.
De certeza que se lembram do expoente máximo deste género de música. Primeiro recorrendo a metáforas e outras figuras de estilo para passar a mensagem, antes da Revolução de Abril e depois escrevendo claro e conciso, com músicas como, "O que faz falta", "Venham mais cinco", "Canção de Embalar", "Vejam bem" e muitas outras, do grande mestre Zeca Afonso. Mas, também me lembro do Zé Mário Branco com o mítico "FMI" ou o "Alerta". O grande Sérgio Godinho com a "Liberdade", com a ..." paz, o pão, habitação, saúde e educação...". Falando na velha guarda, recordo também, "Se tu fores ver o Mar" do Fausto, a "Pedra Filosofal" do Manuel Freire, a "maldade" que o Ary dos Santos fez aos poderes instituídos, quando escreveu para o Fernando Tordo cantar, num mítico Festival da Canção de 75, a "Tourada". Mais recentemente, poderíamos falar dos Deolinda com o seu "Parva que eu sou", dos Peste & Sida, o expoente máximo do punk nacional, nos anos 90, quando nas manifestações estudantis contra a famosa PGA ou a introdução de propinas, a "Repressão Policial" era uma melodia muito entoada, por razões óbvias."Sem eira Nem Beira" dos Xutos e Pontapés, passavam uma mensagem aonde, quereriam acreditar que esta merda iria mudar...mas não mudou e cá continuamos. Na sequência de todas estas palavras de luta, denuncia e apelos a não desistirmos, de ACREDITARMOS, ouvi recentemente Tiago Bettencourt. Nesta grande galeria, que aqui apresentei, este nome também irá marcar a nossa realidade, com uma série de questões:
-Não fui eu que errei, então porquê que tenho de pagar????
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