quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Asfixia ou incompetência?

Cavaco Silva, senão me falha a memória, demorou apenas algumas horas a reagir ao assunto (importantíssimo?) do estatuto dos Açores, interrompendo inclusive as suas férias. Desta vez com o caso (inventado?) das escutas, demorou cerca de um mês e meio a falar sobre esta matéria. Ou eu ainda não percebi o que se passa ou a lista de prioridades do Sr.Presidente está um pouco atrofiada!
Durante este tempo todo, especulou-se, serviu de arma de arremesso entre os vários partidos concorrentes à Assembleia da Republica, foi assunto prioritário entre os editoriais de dois dos mais importantes jornais da imprensa escrita, fomentou debates na televisão e na rádio, agudizou ainda mais a tensão entre Belém e S.Bento, foi motivo de uma dispensa ainda por explicar por parte de Cavaco a um dos seus colaboradores mais antigos, etc...enfim isto tudo para que ontem tivéssemos de ouvir uma comunicação que ainda ninguém conseguiu esmiuçar.
Penso que a conjugação deste primeiro ministro com este presidente faz-me lembrar aquela expressão popular, assim não se estraga duas casas, estão muito bem um para o outro, toleram-se e só lá estão porque os portuguesinhos assim o decidiram e cada povo (tal como já afirmei várias vezes neste blog) só têm aquilo que merece!
Não acredito na história de que tudo isto serviu para desviar a atenção dos portugueses numa altura de eleições, para não se falar de assuntos importantes e dignos de uma campanha eleitoral, acredito mais na forte possibilidade de que as escutas foram uma forma de "asfixiar" os nossos neurónios durante uns tempos e conseguiram-no!!!