sábado, 4 de fevereiro de 2012

Sebastião Salgado

Após os acordos de paz, o regresso (1994)

Travessia do desaparecido lago de Faguibin (1985)

Camponeses na cidade (1995)

Na região de Tambuctu (1985)

Attilio. Equador (1982)

Sebastião Salgado sempre pautou a sua extensa obra por uma preocupação constante com os mais desfavorecidos . Este brasileiro de Minas, nasceu em 1944, começou por tirar um curso de Economia , mas por influência da mulher, a máquina fotográfica passa a ser o seu objecto de culto.

Em 1974, começa trabalhar na Sygma, para a qual fez a cobertura das lutas de libertação de Angola e Moçambique. No 25 de Abril, estava de armas e bagagens em Lisboa e registou os primeiros passos da Revolução dos Cravos. Mais tarde, passa pela Gama aonde ficou até 1979. Nesse mesmo ano, ingressa na prestigiada Magnum, aonde realizou um trabalho que o notabilizou. Durante o projecto, que o incumbiram de realizar sobre os primeiros 100 dias de Governo de Ronald Reagan , foram dele as únicas fotos do atentado perpetrado por John Hinckley, contra o então Presidente dos Estados Unidos , a 30 de Março de 1981 em Whashington. A venda dessas fotos, garantiram-lhe o financiamento de vários projectos posteriores. Entre eles, destaco "Outras Américas" em 1986, sobre os pobres da América Latina ou o "O Homem em Pânico", no qual vagueou pelo Norte de África, durante 15 meses, acompanhando uma delegação dos "Médicos sem Fronteiras". Entre 1993 e 99, os seus registos incidem sobre o fenómeno global, sempre esquecido, do desalojamento em massa, a este projecto deu-lhe o nome de "Exodos" e "Retratos de Crianças" , aclamado internacionalmente e talvez a sua consagração definitiva como pertencendo a um grupo de fotógrafos de elite.

Para Sebastião Salgado, cada um de nós deveria ser testemunha, das atrocidades que perspassam este planeta e dessa forma agirmos proactivamente a favor das pessoas que continuam a abandonar as suas terras e são obrigadas a refugiar-se em lugar incerto, iniciando migrações que muitas vezes têm desfechos dramáticos.Tudo se resume nesta frase de Sebastião Salgado, "... espero que a pessoa que entre nas minhas exposições não seja a mesma ao sair!"

As suas fotos a p/b representam um legado a todos aqueles, que tendo poder de decisão continuam, a fazer de conta que não se passa nada e esta alienação perante a realidade documentada, por vezes choca e magoa, mas não deixa de ser a realidade!