quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Bons Exemplos.

Lá volto eu novamente a falar nesta ilha, esquecida muitas vezes pelos europeus. porque como se costuma dizer, fica para lá do sol posto. Só que os ecos que provêm da Islândia são demasiadamente importantes para simplesmente passarmos ao lado. Não são só as cinzas dos vulcões que preocupam os principais "donos" da Comunidade Europeia, são também os maus exemplos que podem contagiar a vontade soberana dos diversos povos europeus, sobretudo os que vivem "acorrentados" a esta Aliança decadente e que estão sempre sujeitos à vontade da Srª Merkel e do Sr. Sarkozi. Os referidos maus exemplos permitiram que uma nação soberana do Norte da Europa conseguisse ver uma luz ao fundo do túnel em tempo muito reduzido depois de ter passado pelo período mais negro da sua história, uma bancarrota que levou o povo à rua e a exigir um novo rumo para o seu País. Não se continuaram a alimentar os caprichos dos senhores da banca, deram hipótese a que novas ideias surgissem de uma esfera política completamente diferente daquelas que até agora dominavam o aparelho estatal e finalmente à cerca de um mês atrás, aprovaram uma nova revisão da Constituição, para aligeirar a existente, que se baseava quase por completo na Constituição dinamarquesa.
A razão deste apontamento prende-se por este último facto, a originalidade na forma como as ideias surgiram. Johanna Sigurdadottir, principal responsável deste novo Governo têm dado mostras de que existindo coragem e determinação, não existem barreiras para superar a sua vontade de pôr em prática ideias diferentes. Ela promoveu o debate deste tema da Revisão, exactamente nas principais redes sociais (Facebook, Twitter) e logo surgiram 3500 sugestões de 520 indivíduos maiores de 18 anos, o que originou um relatório de 700 páginas, que depois foram discutidas num Fórum Nacional. O povo pronunciou-se de uma forma muito clara e estas ideias foram depois trabalhadas para poderem ser úteis a mudanças estruturais em matérias tão importantes como os recursos naturais e os direitos humanos. Num País com 320.000 habitantes aonde dois terços da população usa o Facebook, será fácil de perceber a vontade desta primeiro ministro em ouvir aquilo que o povo tinha para dizer.

A vontade de eles integrarem a Comunidade Europeia também já deve ter sido maior, agora ao levar por diante estas reformas na forma de pensar e de estar no poder, isso eu penso que ainda vai fazer correr muita tinta e provavelmente ser exemplo para outras nações sedentas de soluções rápidas.