quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Número Zero

          Durante 4 anos, não publicou e agora reaparece com um livro de protesto. Um protesto contra todos aqueles que se dedicam a tornar o jornalismo no veículo principal para escamotear a realidade e transmitir mensagens "convenientes" a certos grupos económicos ou partidos políticos.

           Quando escolhemos um jornal, sintonizamos uma estação de rádio ou preferimos um determinado canal de televisão, estamos a seguir um raciocínio, baseado nas nossas convicções, na perspectiva de encontrarmos informação isenta, clarividente. Mas quando descobrimos que por detrás das escolhas feitas, estão jogos de bastidores, truques editoriais, falhas premeditadas, jornalistas que se esqueceram das regras mais elementares, a ética profissional que deixaram pendurada no cabide ao entrarem em cena. Poderíamos nessa altura, indagar sobre a origem desse comportamento???

             -Talvez descobrindo o porquê desta ignóbil forma de manipulação da opinião pública pudesse levar-nos ao cerne da questão. Por experiência própria, existirá sempre um "muro" difícil de derrubar, baseado na ideia de que, os que buscam ir mais além, são acusados de teorizarem muita conspiração  e de não possuírem  provas credíveis, para seguir em frente.

               Ao ler estas palavras sábias de Eco, sobre vários números zero de uma publicação que nunca deveria ter futuro, lembrei-me do estado em que está a nossa comunicação social, que à semelhança de toda a Europa, luta por ser credível, mas cada vez mais, dá mostras de gato escondido com o rabo de fora. Exemplo ultimo e flagrante. António Costa, surpreende Passos com uma possível aliança à esquerda. A direita encolhe-se toda e fala em golpe de estado, as agências de rating fazem ameaças, de Bruxelas vêm avisos de retrocesso nas metas quase atingidas e a Comunicação Social associa-se à diabolização duma possível maioria inédita em Portugal!!!
Está montado o circo, agora basta vir o público,vendem-se todos os bilhetes e vai ser um sucesso de "malabarismos" da verdade! O espectáculo têm que continuar