terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Custos de insularidade

Poucas vezes eu compreendo este nosso Governo Socialista, mas nesta questão do financiamento previsto para as Regiões Autónomas, confesso quem não entendo é toda a oposição, essencialmente os partidos mais à esquerda. Não está em causa, os 50 milhões previstos no Orçamento para cada região, o que realmente não compreendo, como é possível ainda financiarmos os caprichos do Sr. Jardim?-É verdade que todos esses milhões que rumaram à Madeira têm alguma justificação, porque existe obra feita, mas os montantes da divida são astronómicos e continua-se a fechar os olhos à falta de regulação das contas apresentadas. O sr. Jardim vocifera de vez em quando, umas quantas "idiotices" para consumo regional, mas de alguma forma admito que o seu carisma consegue influenciar consecutivamente todo o aparelho partidário que integra, desde à décadas. No PSD, pouca gente pode dar-se ao luxo de o enfrentar (parece que agora um dos candidatos à liderança, Passos Coelho, faz questão de remar contra a maré). O CDS como já disse antes, apenas anda à caça de votos, mas o PCP e o BE, sinceramente não compreendo?
Em 1993, o Sr. Jardim, farto do Tribunal de Contas, que controlava as suas despesas, fez uma proposta escandalosa para alteração da lei que substituía o TC por a Assembleia Regional da Madeira, que ele controla a seu belo prazer. Fiscalizar as contas da Madeira passariam a ser responsabilidade dos senhores que acabariam por cometer todos os abusos, que se foram acumulando ao longo destes anos até ao presente. O Orçamento da Assembleia até dava para pagar as viagens de férias aos senhores deputados, tal como descobri nesse artigo da revista da Grande Reportagem, que apresento em cima. Custos da insularidade, grande lata!