Paulo Portas não pára de nos surpreender. Agora considera o partido que lidera uma espécie de ONU da política nacional, dado que vai "apagando"ou atenuando, rastilho de conflito.
Tenho de reconhecer. PP conseguiu ao longo dos últimos tempos fazer "renascer" o CDS, que eu previra aqui neste blog iria definhar lentamente até à sua extinção. É um verdadeiro "animal" político que se vêm mantendo ultimamente na liderança da direita portuguesa, abafando por completo a ineficaz M. Ferreira Leite. PP está sempre pronto para se encostar ao poder. Está no seu código genético, esta determinação de se encostar à direita ou à esquerda, nunca vacila. Outra das características que resultam muito bem no panorama nacional, consegue com os seus super poderes, ficar do lado dos mais favorecidos lutando para que não sejam retirados os direitos de confidencialidade financeira em termos fiscais, como de repente aparece nas feiras deste país junto da classe trabalhadora, proclamando aumentos das reformas. Ou ainda junto dos desempregados à porta de uma qualquer fábrica recentemente falida, prometendo lutar em sua defesa com projectos de lei a aprovar na Assembleia da Republica. Não existe meia medida para atingir os seus objectivos, enquanto ministro da Defesa "esbanjou" dinheiro em compras incrédulas de submarinos alemães. Esqueceu por completo os antigos combatentes do Ultramar que tanto lhes prometeu e nada cumpriu, mas agora exige do Governo mais condições para as forças de segurança em nome do combate à criminalidade. Um paradoxo total que é difícil de compreender, mas que tal como a ONU vai sobrevivendo, porque não passa de um processo de intenções. É só uma questão de simbolismo, não passa disso mesmo.
