quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

O Sonho de um Monárquico.




 Vou falar de um sonho. Um sonho de um arquitecto paisagista que nunca desistiu!
 A inauguração no próximo dia 14 em Lisboa, do chamado Corredor Verde de Monsanto. Gonçalo Ribeiro Telles, com 90 anos, muitos deles, passados a chamar atenção dos autarcas deste nosso País,  para a importância dos espaços verdes, para as construções incontroladas de betão sobre cursos de água, o respeito pelos lençóis freáticos, do perigo da desertificação no interior, numa agricultura com bases sustentadas em políticas coerentes, nas idiossincrasias difusas dos responsáveis pela pasta do Ambiente nos últimos Governos, ou seja, ausência completa de continuidade e sustentabilidade nos programas idealizados.

As ideias deste monárquico, muitas vezes embateram num muro constituído por jogos de interesses e políticos comprometidos. Mas na capital deixa, sem dúvida,obra feita. Além deste sonho, outros estão ainda em plena implementação, como por exemplo, a radial de Benfica, o projecto do Vale de Alcântara e ainda a sua ideia fantástica de uma cidade virada ao Tejo, com o mínimo de edificações a separar o cidadão do seu rio, na zona ribeirinha a oriente e a ocidente. Não esquecendo nunca, o prémio Valmor que obteve com o excelente espaço verde na Calouste Gulbenkian ou mais recentemente, o Jardim Amália Rodrigues, no cimo do Parque Eduardo VII.

 Enquanto foram cometidos tantos atentados contra o ordenamento do território, especialmente perpetrados pelo Sr. Silva nos seus áureos tempos como Primeiro Ministro, este senhor, estava lá e apontou o dedo, indicando os podres do Reino. Muitas vezes foi apelidado de  estranho visionário. A eucaliptação do Pais, não foi obra do acaso, agora incentiva-se o retorno à terra, sabem por quem??          Exactamente, o mesmo Sr. Silva.
Esta inauguração, aonde Gonçalo Ribeiro Teles irá estar presente, é sem dúvida uma lufada de ar fresco neste País acabrunhado e cinzentão. E ele merece, a cidade também. Aqui fica o convite, vão dar uma curva entre a Avenida Liberdade e Monsanto e respirem fundo. São sete quilómetros para descontrair e esquecer as notícias da manhã.