sábado, 25 de abril de 2015

Um deficit europeísta






Vou comemorar o 41º aniversário da Revolução, de cravo ao peito e com vontade de gritar na rua, um sentimento confuso.
               Vivemos dias estranhos, às portas de mais umas eleições legislativas. Nas vésperas destas comemorações, numa sala recôndita da Assembleia da República, um grupo de deputados, tentou uma manobra estranha para controlar os média, na próxima campanha eleitoral. Já não basta, os jornalistas muitas vezes serem “guiados” por interesses editoriais, controlados por grandes grupos económicos, agora também estes “iluminados” quereriam ditar leis sobre o assunto. Mal saiu a intenção para a rua, a réstia de sentido de dignidade desta classe, levantou-se num eco ensurdecedor de protesto e o famoso projecto, morreu à nascença!!  -Já não é a primeira vez, que nos colocam à prova. Lançam no ar a intenção e depois vêm dizer que não se passou nada. Tudo foi obra de meia dúzia de “desmiolados”. O sentido de oportunidade deste projecto lei, é de bradar aos céus. Nas vésperas do 25 de Abril, lembram-se de aplicar, mais uma “machadada” na nossa já, martirizada democracia!
               MUDANDO  DE ASSUNTO.  O cravo ao peito, fica mais murcho, porque a Associação 25 de Abril, continua arredada da casa aonde deveria estar por direito próprio. Continuam a ter vergonha na cara e não se querem misturar com imberbes criaturas que não respeitam a democracia. Algumas daquelas cadeiras do Parlamento são ocupadas por deputados que  nunca dignificaram os valores da Revolução, estão ali para defender,  interesses pessoais e corporativos!

              Nunca fui saudosista, não alinho em teorias da conspiração, mas acredito que os partidos do chamado arco da governação, se tivessem hipótese de  “dinamitar” os pilares essenciais da nossa Constituição, não hesitariam, um só segundo! – Estas linhas retrógradas, alinhavadas nos anos 70 do século passado, são um verdadeiro empecilho, às intenções de acelerar a nossa chamada “modernização europeísta”. É por estas e por outras, que temos o deficit, sempre a crescer.