sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Que grande seca!


Cristas criou esta semana uma (mais uma?) comissão de trabalho que vai monitorizar as situações que necessitam de maior ajuda e sinalizá-las, devido à falta de chuva neste Inverno. Só espero que Luis Duque não esteja a liderar mais esta comissão, porque senão os agricultores só irão ter ajuda quando acabarmos de pagar a nossa dívida. Mais uma semana, o povo terá de aguardar pelas conclusões destes iluminados, até lá Cristas aconselha que se reze muito e que se tenha fé!!!!
Deram a esta senhora a responsabilidade de tomar conta, entre outras coisas, da nossa agricultura. Eu penso que já não se cometia um erro aberrante deste calibre nesta área, desde os tempos da Governação do Cavaco das Reformas. Nessa altura, abandonaram-se os campos, a pesca foi deixada ao acaso, porque Fundos Comunitários davam para tudo. Incentivou-se o abandono e o desleixo.

Ainda à 2 dias a ministra deslocou-se ao Alqueva e o que trouxe na bagagem como solução para a adiada calendarização do plano de regadio?- Uma mão cheia de nada!!!!
Voltou a reafirmar a existência de um grupo de trabalho para resolver o problema da seca prolongada, mas o mais curioso é que na dita comissão não existe nenhuma estrutura representativa dos agricultores. Parece-me estranho ou talvez não, conhecendo o modus operandi deste Governo, dada a vontade de constituir estes grupos com os "boys" do costume. Assim chegam sempre ás conclusões que mais convêm ao Ministério em causa.

Mas Cristas, sempre com ideias assertivas (atenção que não disse acertivas) ainda à pouco mais de um mês, fez uma nomeação de se lhe tirar o chapéu. Convidou, Manuel Frexes para administrador das Àguas Portugal, o mesmo que era presidente da Câmara Municipal do Fundão e tinha uma factura de cerca de 8 milhões de euros em dívida. Imaginem a quem ele devia essa quantia, que já estava inclusive em Tribunal?- Exactamente, uma factura de água!!- Quando interrogaram a ministra acerca desta polémica nomeação, ela respondeu que a experiência autárquica é sempre importante nestes cargos públicos. E mais nada, quem manda, manda!

Ainda a procissão vai no adro, como se costuma dizer, quanto a esta coligação que nos governa à meio ano, mas prevejo que o andor nem à rua sai. É só uma impressão minha ou então estes 4 anos vão ser mesmo uma grande seca!