quarta-feira, 28 de abril de 2010

Parque dos Livros.


Começa amanhã, mais uma edição da Feira do Livro ali para os lados do Parque Eduardo VII em Lisboa. Este ano com um horário mais alargado e uma novidade, um "happy hour" em versão literária, entre as 22:30 e as 23:30, títulos com mais de 18 meses de lançamento com 50% de desconto. Aqui estou, a fazer publicidade a um evento que sempre foi a razão da minha visita a este local de Lisboa, porque verdade seja dita, poucas vezes lá vou no resto do ano. Eu nasci em Lisboa no principio dos anos 60, e compreendo que a desertificação a que a cidade foi sujeita desde essa data, foi um fenómeno semelhante a muitas outras capitais por essa Europa fora, no entanto sinto sempre uma certa nostalgia ao lembrar-me qual era o ambiente que rodeava toda esta Baixa pombalina, nos anos 70 e 80. Que tristeza, assistirmos ao encerramento quase diário de casas comerciais que davam vida a este local, sem que nada se possa fazer. Mas esta Feira vai resistindo neste local desde à muitos anos, ainda me lembro dela em plena Avenida da Liberdade. Um dia destes acabamos por assistir á sua transferência para a zona da Expo, já que ali começa a criar-se uma nova "cidade" com outros pólos de interesse. Mas por enquanto a APEL continua, e muito bem, a apostar neste espaço bem arranjado de Lisboa. As livrarias queixam-se que as pessoas correm a este local à procura de descontos que não encontram no resto do ano , nos locais habituais de venda.Queixam-se das Editoras, de oportunismo e favoreciomentos por parte da Câmara!- Eu acho errado pensarem assim, porque para além da dificuldade que as pessoas têm, cada vez mais, nas suas economias, para arranjarem um suplemento para este tipo de gastos, existe outro facto muito mais importante, é que já são 80 edições e por alguma razão as pessoas interiorizaram este culto, de se deslocarem a este evento como forma de convívio e de "devoção". É um ambiente diferente que eu espero não fique perdido no tempo, até porque faz muito bem á minha cidade!

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Tolerância Divina


Eu acho que esta ideia de dar tolerância de ponto por causa da visita do Papa, não lembra ó Diabo. Não importa saber se estamos de acordo porque somos católicos ou ateus, importa salientar é o sentido de oportunidade desta tolerância. Todos os dias chegam-nos opiniões do exterior acerca da nossa situação económica, desde os responsáveis das maiores agências financeiras, até ao FMI, aos próprios lideres de outros países europeus, etc.. que não são nada animadoras quanto ao nosso futuro, mas de cá apenas se assiste a um encolher de ombros e a certeza que existe muita especulação e exagero nessas avaliações. Viram-se "gregos" para explicar como é que não nos podem comparar com a situação que os governantes de Atenas mergulharam o seu País.
Somos um Estado laico e como tal, estender o "tapete vermelho" desta forma pronunciada a um líder religioso é um exagero provinciano que neste momento não deverá ser muito bem visto. Não é demagogia, estarmos a questionar o valor real de uma visita do representante máximo do Vaticano em função das "asneiradas do nosso Governo", mas em função dos escândalos de pedofilia que têm sido referidos na comunicação social de todo o mundo, acho que se esperava um maior recato nas suas deslocações ao exterior, pedia-se mais introspecção e menos exposição. A racionalidade que possa existir nesta atitude do governo a pedido da Igreja, deveria ser explicada por os católicos socialistas que afirmam "o País está feliz"!!- Meu Deus, eu não sou católico mas nós merecemos alguma paciência divina para suportar estes políticos!!!
Quando veio cá o Dalai Lama o que aconteceu, lembram-se?- É melhor não...senão acabava-se por chegar a conclusões precipitadas. Os chineses também pediram ao nosso Governo para fazerem tolerância de ponto durante a visita. E o nosso primeiro ministro fez!

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Limpar Portugal


É estranha, a fraca adesão dos "portuguesinhos" a movimentos cívicos que defendam os seus próprios interesses.Digo isto, porque existem motivos na sociedade portuguesa que justificam uma conjugação de esforços, para causas que impliquem defender princípios básicos de uma convivência democrática minimamente aceitável. Dá a sensação, de que as pessoas ficam alienadas devido a um "medo" que paira no ar. Sente-se isso no nosso local de trabalho, nos lugares públicos, porque as pessoas podem escutar e até em casa, a expressão "as paredes têm ouvidos" cada vez se usa mais. Simplesmente, não nos conseguimos libertar desta "teia de suspeição".
Assalta-me esta reflexão sempre que chega esta época perto de comemoração da "Revolução dos Cravos".Passaram 36 anos e as sementes de Abril estão "adormecidas", acho até que estarão a mirrar, atingidas por uma letargia, que as impede de dar algum alento a todos aqueles que esperavam dias melhores.Por incrível que pareça, apesar de todos os casos de corrupção, apesar das "diarreias mentais" do Primeiro Ministro, da péssima situação da Justiça, da Saúde, da Economia e da Educação, mesmo assim os "portuguesinhos" continuam a alinhar em "futebóis" e telenovelas, vão fazendo a sua "vidinha" no seu secreto "mundinho".

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Boa Sorte Azahar!




Neste blog, referi em Outubro do ano passado,que uma das espécies em vias de extinção estava a ter um cuidado especial no nosso território, exactamente no Algarve, agora chega-nos a agradável notícia de que nasceram em cativeiro os primeiros filhotes do Lince ibérico. Torna-se necessário agora, uma especial atenção para que este tipo de iniciativas tenha também êxito com outras espécies. De vez em quando aparece-nos este tipo de notícias que não enchem as primeiras páginas dos jornais, mas que tornam o nosso dia à dia, menos amargo. Boa sorte Azahar com os teus filhotes!

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Morada incerta.


Contenção, só se for para alguns, porque estarmos agora a falar de viagens dos deputados aos Açores, à Madeira ou a Paris é um pouco abusivo para a carteira do contribuinte, neste momento. Claro que Inês de Medeiros pede um esclarecimento rápido a Jaime Gama sobre essa situação, porque quer ter um tratamento igual aos outros deputados , que recebem 0,40€ em ajudas de custo por cada km. Naturalmente, eu poderia dizer que depois de ver esta mesma deputada na Comissão de ética, Sociedade e Cultura a bocejar a maior parte do tempo, tendo demonstrado um aparente desprezo por algumas das pessoas que ali foram testemunhar, eu financiaria uma viagem até ao pico dos Himalaias, com bilhete só de ida!! Só poderia sair da cabeçinha do Engenheirinho a ideia de convidar esta senhora para deputada pelo PS, pelo supostamente círculo de Lisboa, registada em Santa Catarina (como morada fiscal?).
Mas o parecer de auditor jurídico do Parlamento avaliará se a AR deve ou não pagar as idas a Paris da deputada?- O caso arrasta-se, como tudo neste País e entretanto as facturas das travessias de avião semanais, continuarão a amontoar-se na agência de viagens do hemiciclo. Bastava a esta senhora deputada, seguir as pisadas, no que concerne ao comportamento cívico e independente, que o seu pai sempre demonstrou e que eu bem admiro.