terça-feira, 9 de novembro de 2010

O anarquista utópico.

Um dia acordei com a nítida sensação de que a única solução seria a Anarquia!-Mas uma Anarquia à minha maneira, ou seja, não sermos condescendentes, como aquele pessoal da extrema esquerda que por aí anda; poderíamos ser radicais com a estupidez vigente, declarar "guerra" aos impérios económicos, restabelecer os verdadeiros ideais revolucionários, eliminar o medo e a letargia do povo, ignorar por completo aqueles que saltam de cadeira em cadeira, sempre à procura de um poleiro mais inatingível, dar voz aos que se vão calando porque já perderam a esperança de construir um futuro mais optimista, lutar por uma identidade que se foi perdendo ao longo dos tempos, combater os jogos de interesse nos bastidores, repensar muito bem este conceito caduco da democracia da Europa Ocidental, não comprar ilusões com base em pressupostos de palavras e frases cheias de nada, colocar sangue novo nos alicerces de um poder mais justo, sermos práticos em relação ao que realmente interessa, não descurando nunca a tentação de cairmos nos mesmos erros dos nossos antecessores, etc... enfim uma grande utopia!!
Eu penso que cada um de nós, têm uma ideia diferente de como seria a forma mais correcta de sairmos deste "buraco" aonde nos encontramos. Paradoxalmente, se por um lado muitos acham que não vale a pena radicalismos, nem anarquias, nem revoluções, nem violência, por outro também acham que assim não dá, com paninhos quentes, com paciência, com os mesmos de sempre no Poder, com compromissos sempre adiados. Afinal, como é que ficamos?- Cruzamos os braços e deixamos nas mãos destes políticos, o nosso futuro?
Essa utopia deveria ser geradora de luta e do sonho de um País melhor, mas quando se alcança algum objectivo, logo vêm os compromissos e tal como Jim Morrison um dia afirmou "Quando fazes as pazes com o poder, tornas-te poder!"e o ciclo volta a iniciar-se.