quarta-feira, 2 de julho de 2014

A menina do mar.

Acaba de passar, mais um aniversário do meu blogue. São seis anos e começa a amadurecer em mim a ideia de que este cantinho representa algo de muito especial. Foram mais de trezentas mensagens e em todas elas, procurei traduzir o que de mais fiel se vai passando no meu quotidiano, sem máscaras ou hipocrisias. A todos os que me continuam a seguir, agradeço a vossa atenção. Indefectível será sempre a minha preocupação em colocar neste blogue todos os assuntos que me vierem à  cabeça, sem essa trave mestra não continuaria, não existem temas "tabu". Por outro lado, a periodicidade é que poderá começar a falhar, por falta de tempo livre.

Escolhi este dia para comemorar, mais um aniversário, no preciso momento em que passam dez anos sobre a morte da enorme poetisa, Sophia de Mello Breyner. O seu corpo irá repousar a partir de hoje no Panteão Nacional, junto de outros nossos ilustres. As histórias de Sophia ilustraram muitos dos sonhos da nossa infância, aonde de muito do nosso imaginário foi criado através dos seus "bonecos". Elas ilustravam as nossas fantasias, traduziam no papel as deambulações  e a irreverência da nossa meninice.  Quem, da minha geração não ouviu ler  "A menina do mar"?
-O que nos prendia ás suas histórias, era talvez a simplicidade das suas palavras, não era necessário o abstracto ou a metáfora. Era escorreito e soava perfeito.Toda a sua obra era o espelho de um espírito solto ao vento e de uma serenidade absoluta.

Nunca será demais lembrar que produzir cultura em Portugal, passa por horas muito difíceis, a razão todos nós conhecemos, Por esse motivo, deixe-vos um pequeno filme de um outro "monstro sagrado" e incompreendido da cultura portuguesa. João César Monteiro, realizou este trabalho em 1969, sobre um excerto da vida peculiar, desta grande poetisa portuguesa. Garanto-vos é delicioso!