quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Édouard Boubat

                                   Cerejeira em flor (1983). Édouard Boubat
                                              Parque de Saint-Cloud (1981)


                                               O inicio da película (1964)


                                      Primeiro nevão no Jardim do Luxemburgo (1955)


                                                             Nazaré,(1956)

Mais um Mestre de fotografia francês, nasceu em 1923, na sempre incontornável, Paris. Um dia disse que "...Em fotografia há sempre uma dimensão que ultrapassa a aparência. É o que eu chamo o invisível ou, se preferir, a atmosfera... " Ele conseguia transportar as atmosferas que captava de uma forma sublime, foi pioneiro da fotografia humanista francesa, a par de Doisneau. 

Antes de enveredar definitivamente por esta carreira brilhante, passou dias difíceis durante a Segunda Guerra Mundial, ao ser enviado para um campo de trabalhos forçados, em Leipzig. Marcado por esta terrível experiência, chega a Paris com uma vontade indómita de viver. Começa então a interessar-se por fotografia em 1946. Foi com uma Rolleicord 6x6, que ele captou o seu primeiro grande êxito, "a Menina com Folhas Mortas". Esse trabalho que lhe viria a dar o prémio Kodac e que foi exposta em 1947, na Feira Internacional de Fotografia em Paris, de uma forma, até para ele, inesperada. Em 1949, conhece Robert Frank, um fotógrafo da sua geração, nascido na Suiça, mas radicado nos Estados Unidos. Dessa amizade, resultaram experiências partilhadas, viajaram pela Europa e nessa altura troca a sua máquina por uma Leica. Começou a publicar numa das revistas de actualidade, mais importantes em França, a "Réalités". 

O seu trabalho como foto-jornalista, caracterizava-se por preencher com imagens simples  e planos apertados, situações à partida, despidas de qualquer interesse relevante, mas que ressaltava ali uma alegria e esperança, dignas de serem apreciadas. Ele viria a ser apelidado de "correspondente da paz", pela mensagem que transmitia, através das imagens.

A excelência do seu trabalho, é bem patente, no número de prémios  que o galardoaram.Nos seus últimos anos de vida, dedicou-se a experiências com a luz, numa série dedicada às flores e a uma reportagem especial, inacabada, sobre o Circo Romanes, de Paris. Os seus restos mortais, repousam no lugar indicado aos grandes homens da cultura francesa, Montparnasse. Morreu em 1999, com 75 anos e apenas destaco algo de muito interessante nas suas deambulações por este mundo. A última fotografia deste apontamento, foi tirada na nossa praia da Nazaré, aonde ele veio fazer uma reportagem em 1956. Esta foto, teria grande sucesso a nível internacional.