terça-feira, 16 de abril de 2013

Uma aliança impossível!

Quando estamos à beira de um precipício, ocorrem-nos ideias pouco lúcidas. Ultimamente, tenho querido acreditar, baseando-me nas ultimas sondagens, na possibilidade de uma coligação de esquerda, com chances de maioria absoluta no parlamento. O PS farto de entendimentos ao centro e à direita, poderia agora experimentar uma solução de entendimento com o PCP e o Bloco. Para uma pessoa de esquerda como eu, esse seria um cenário interessante.

Com esta direcção bicéfala do BE, essa ténue esperança ganhou novo alento, porque na opinião de Semedo e Catarina Martins, neste momento, não fechariam a porta a um entendimento com os socialistas. Quanto à relação entre os socialistas e o PCP, tudo se torna muito mais complicado, porque passados quase 40 anos sobre os conturbados momentos do período pós-revolucionário de 75 e 76, as mazelas nunca sararam. A desconfiança é muito grande, de ambas as partes.

 Ontem mesmo li um artigo de opinião de Rui Tavares, na última página do jornal "Público" que se intitulava, "Eles não querem".
Sucintamente passo a  descrever aquele texto, com algum desalento, devo confessar. No Alto Minho, mais propriamente em Caminha, estes três partidos de esquerda chegaram a um pré-acordo, quanto à sua candidatura conjunta, nas autárquicas que se avizinham. Logo que alinhavaram o seu programa a apresentar aos eleitores daquela Câmara, deram indicação das suas intenções para os respectivos centros nevrálgicos em Lisboa. O que aconteceu depois, é a imagem real da possibilidade de acordos entre estes três partidos. Por razões de mera táctica e jogos palacianos, foi vedada essa possibilidade. Primeiro pensam nas suas vaidades e constrangimentos, só depois no País. Agora imaginem na hipótese remota de entendimento a nível...não vale a pena!!

Tudo isto não passa infelizmente de uma mera utopia, com culpas a dividir por estes três partidos de esquerda.