segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Novos caminhos.

                   -Entrámos em 2015 com a ameaça de um novo "vírus", pairando sob os europeus. Como algo que pode mudar o nosso destino comunitário. Quem o afirma, é a senhora que dita as regras e aponta as possíveis falhas dos Estados súbditos. O mal já foi identificado, têm origem na Grécia e dá pelo nome de Synaspismos Rizospatikis Anisterás, mais conhecido por Syriza.

                   Merkel já avisou ..."passamos bem, sem a Grécia na zona Euro, caso a Coligação de Esquerda vença as eleições de dia 25 e não queira assumir os compromissos de Samaras..." Acho que esta senhora de Hamburgo esqueceu-se com facilidade da divida que foi perdoada à Alemanha logo a seguir à 2ª Grande Guerra. Ainda por cima, a Grécia integrava a lista de nações que ajudaram financeiramente a Alemanha a reerguer-se. Agora no poleiro, dita as suas leis e não estando ainda contente com toda esta recessão que provocaram, com as suas receitas económicas, ainda se acham no direito de ameaçar a vontade do povo grego! -Um povo que continua a sofrer na pele, uma austeridade destruidora, uma taxa de desemprego que teima em não baixar e um PIB que caiu 25% nestes anos de submissão à Troika. Ninguém consegue ver uma luz ao fundo túnel  e a dívida é cada vez mais gigantesca e fora de controle.

                    Quando eu falo de um "vírus", é porque, Angela Merkel olha para a Espanha e assiste, impotente a uma força de grandeza similar, que é o partido de esquerda "Podemos". A Inglaterra vai assistir a um referendo, dentro em breve, para decidir do seu abandono ou não deste clube e o UKIP continua a avançar nas sondagens. Renzi, em Itália, já provou que não segue às cegas, as regras ditatoriais da Alemanha, como por exemplo, o vergonhoso auto apelidado "socialista" francês François Hollande. Portanto, todas estas razões, são motivos suficientes para tirarem o sono a esta senhora.

                    A Grécia poderá mostrar uma nova alternativa, para toda a Europa, assim Alexis Tsipras não ceda, a todas estas pressões. Existem mais soluções, a renegociação ou o perdão da maior parte da dívida, não são o fim do  mundo. Ostracizar estes partidos que apresentam novos caminhos, não é boa ideia.

Sem comentários: